domingo, 30 de abril de 2017

A TERCEIRA GUERRA MUNDIAL E A NOSSA RESPONSABILIDADE

Era uma gigantesca central de monitoramento. Alguém estava ao meu lado. Não conseguia ver quem era, mas sabia, sentia que era uma presença feminina. Ela me explicava como tudo funcionava e, mais importante, a razão e o significado de tudo aquilo. Era uma tecnologia muitíssimo avançada, nem sei como descrever... A coisa mais parecida que me vem à mente é o olho multifacetado de uma mosca. Estávamos no centro de uma grande esfera e por todos os lados víamos infinitas facetas, como se fossem câmeras ou sondas que estivessem captando o que estivesse acontecendo em todo o planeta Terra.
Ela me explicou que eles estavam monitorando o nível e a qualidade das energias. Disse-me que a situação energética do nosso planeta não estava nada boa. Um gráfico surgiu diante dos nossos olhos, mostrando uma linha inconstante, que subia e descia. Um pequeno trecho do gráfico, onde a linha se encontrava em seus pontos mais baixos, estava assinalado com as seguintes palavras: Segunda Guerra Mundial. Então ela me chamou a atenção para os valores dos tempos atuais, que estavam muito próximos aos detectados na época daquele grande conflito armado. “Está ficando muito perigoso. Estamos quase atingindo um nível crítico de energias”, a voz feminina falava dentro de mim como se viesse do meu próprio pensamento. “Se a situação não melhorar, seremos vítimas da Terceira Guerra Mundial”, completou.
Então eu perguntei, sem falar, como isto tudo poderia ser revertido. Ela captou o meu pensamento e, para responder-me, mostrou-me como operava aquela incrível tecnologia. Foi ampliada uma pequena área, contendo incontáveis facetas, cada uma apresentando uma cena daquilo que estava acontecendo na Terra. E, depois disto, mais uma ampliação. E depois mais outra. Outra... Difícil explicar. Era como se fosse uma dimensão dentro de outra. Até que se chegou à uma cena que retratava um ato de caridade. Um senhor comprava panos de prato de uma moça que estava sentada na calçada. Ao lado dela, também sentada no chão, sua filha, um bebê que mal chegava aos dois anos de idade. Ele pergunta o nome da menina. “Guadalupe”, responde a jovem mãe. Ele poderia passar reto, como quase todos faziam, mas não, quis parar e comprar. Para ajudar. Caridade. Depois de assistir à singela atitude bondosa, um pequeno ponto luminoso brilhou na faceta na qual esta cena foi captada. O ponto luminoso correu por meio de um finíssimo condutor de energia, que se perdia entre infinitos outros condutores, cada qual ligado à sua respectiva faceta. Em cada faceta do gigantesco olho de mosca esférico, que nos envolvia, acontecia uma cena distinta, dimensão após dimensão, sendo que cada cena emitia a sua energia correspondente, traduzida em cores, brilhos, densidades... Cenas de violência, desamparo, ódio, repulsa, orgulho, inveja, egoísmo, enfim, de todos os matizes negativos possíveis, infelizmente eram as que predominavam. Delas se desprendiam cores mais escuras, cinzentas, até atingirem o breu total, denso e pesado. Todos os infinitos condutores desembocavam em um grande reservatório, que misturava a cor de cada um, que era na verdade a cor de cada cena que acontecia no planeta Terra. E, por fim, a cor ou a energia resultante neste reservatório acabava alimentando aquele mesmo gráfico, que estava apresentando valores bastante preocupantes.
Quando ainda estava tentando entender tudo aquilo que me era apresentado, a presença feminina, que ainda não tinha revelado sua imagem para mim, mostrou-me uma tela que estava dividida. Em um lado aparecia o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump e, no outro, o líder supremo da Coréia do Norte, Kim Jong-un. Movimentações militares de ambos os lados. Reconhecia as cenas que via. Eram as mesmas que haviam sido veiculadas nos meios de comunicação, nas últimas semanas. Desfile militar, porta-aviões, testes de mísseis, submarino nuclear... Neste momento, ela falou de uma maneira que suas palavras ficaram gravadas em minha memória:
“Estamos tentando influenciar estas duas pessoas, para que não desencadeiem a Terceira Guerra Mundial. Não é uma tarefa fácil, pois estão envolvidas ambições nacionais, egos pessoais e arsenais mortíferos. Porém, a chave para conseguirmos afastar o planeta desta terrível ameaça está em cada um de nós”.
A próxima cena que surgiu na minha frente mostrava aqueles momentos que geralmente antecedem uma briga entre dois jovens, na escola ou perto dela... Um em frente ao outro, trocando provocações. Em volta deles, em uma grande roda, outros jovens incentivam a animosidade entre os adversários, tomam partido, torcem por um ou pelo outro, ávidos para que a briga comece. Então a minha misteriosa orientadora falou novamente:
“Do jeito que está, fica difícil evitar a briga. Cada jovem que está vibrando a favor do confronto é corresponsável pelo que vier a acontecer. Eles criam uma psicoesfera que impede a nossa ação”.
Então, para que eu pudesse entender melhor, a tela com os dois líderes surgiu outra vez diante de mim. O reservatório, com sua coloração escura, resultado das vibrações de todo o planeta, além do gráfico, com sua linha que se aproximava de uma zona altamente perigosa, também compunham o quadro didático que me era apresentado.
Finalmente, para fechar toda a experiência mística que estava vivendo, ela, aquela presença feminina, que sentia estar imersa em resplandecente luz, falou. Não foi só uma simples fala, foi uma recomendação, um alerta importantíssimo para todos nós:
“Mais do que nunca, agora temos que vibrar positivamente. Com ou sem religião. Independentemente de qualquer fé ou crença. Temos todos que nos irmanar. Todos os habitantes do planeta Terra, sem exceção. Somos corresponsáveis pelo que vier a acontecer. Somos aquela rodinha de jovens em volta dos dois líderes brigões. Podemos provocar a briga. Mas também podemos evitá-la. Como? Com nossas vibrações e atitudes positivas. Somente isso. Não importa o nome, o verbo. Rezar ou orar. Fazer uma prece. Suplicar ou clamar a Deus. Alá, Jeová, Krishna. Como eu disse, não importa o nome. Até para quem não acredita em nenhum nome, em nenhum Deus. Vale o pensamento positivo. Estamos todos no mesmo barco. Os pensamentos individuais se somam, formando o pensamento coletivo, que é o leme do barco, do planeta Terra”.
Então, de repente, eu acordei com um assoprão no ouvido esquerdo.
Tudo não passou de um sonho...
Mas foi um sonho muito real. É por isto que eu resolvi escrever tudo isto em forma de crônica ou conto, nem sei como definir.
Só sei que acho que você deve ler e passar para a frente, divulgar este texto, afinal, se os dois brigões resolverem “fechar o pau”, não vão ser somente olhos roxos e estrelinhas na vista... É o planeta todo que está em jogo... E parece que a gente pode fazer algo para mudar.